Brasileiros poderão contemplar “Super Lua” há olho nu na noite desta terça-feira

Alguns estados do brasil terão dificuldades para ver o fenômeno

Por Emerson Tiago 01/08/2023 - 10:06 hs
Foto: Redação com Tnh1


 

A noite desta terça-feira (1), será marcada por um fenômeno já conhecido para alguns, mais pouco conhecido para outros trata-se da superlua, que  poderá ser vista em grande parte do país, de acordo com o Observatório Nacional. Apesar do nome, o termo "superlua" não é uma definição astronômica oficial. Ele é usado nos momentos em que a lua cheia acontece próxima ao perigeu, quando está mais próxima da Terra e, portanto, parece maior e mais brilhante.

 

 

O perigeu é quando a distância entre esse satélite e a Terra é menor do que 360.000 km. Quando isso ocorre, a Lua fica 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

 

Segundo a Nasa, ela é chamada de “Superlua de esturjão” em referência a um peixe, que nessa época é encontrado em grande quantidade nos Grandes Lagos da América do Norte, um conjunto imenso de lagos de água doce entre o Canadá e os Estados Unidos.

 

Condições para observação

 

Para observar o fenômeno, não é preciso nenhum equipamento especial: só olhar para o céu quando a Lua surgir no horizonte, às 17h43. Dependendo da sua localização e das condições climáticas, poderá ser mais ou menos fácil localizar o astro e perceber a diferença em sua aparência. Veja abaixo as condições de observação, de acordo com a plataforma Meteum:

 

Favorável: Porto Alegre, Belo Horizonte, Campinas, Brasília, Campo Grande e Goiânia.

Ligeiramente desfavorável: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís, Belém e Manaus.

 

Próximos eventos astronômicos

 

Além desta superlua, no segundo semestre do ano ocorrerão mais dois eclipses, outra superlua e seis chuvas de meteoros. Veja abaixo as datas de cada um dos fenômenos.

 

Superluas e eclipses

🌕 31 de agosto - Superlua azul (visível em boa parte do país);

☀️14 de outubro - Eclipse solar anular (visível em boa parte do país);

🌗 28-29 de outubro - Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país).

 

Chuvas de meteoros

 

Draconids: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.

Orionids: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.

Taurids: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.

Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.

Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.

Ursids: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

Superluas x luas cheias

 

Uma "superlua" ocorre quando a lua cheia acontece próxima ao perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.

Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante. Assim, nem toda lua cheia é considerada uma superlua.

 

Teremos duas superluas em 2023, segundo o calendário astronômico do Observatório do Valongo da UFRJ. Essa é a primeira e, no dia 31, ocorrerá a segunda e última. Ela é chamada de lua azul por ser a segunda lua cheia em um mesmo mês.